quarta-feira, 19 de outubro de 2011

VI Marcha da Periferia

CARTA CONVITE

As marchas da Periferia são eventos que acontecem desde 2006 tendo como objetivo principal sensibilizar e mobilizar a população pobre e negra das periferias para pressionar o Estado a implementar políticas públicas nesses bairros.
Para esse ano a Marcha trás como tema “Contra a Criminalização da Pobreza”, que decorre da preocupação das entidades que compõe o comitê pró-periferia com o crescente processo de “limpeza” étnica e social no qual estão sendo submetidos os grupos sociais mais empobrecidos e não brancos do Brasil, a exemplo de moradores dos morros, favelas, remanescentes de quilombolas, sem-terra e sem-tetos. Processo que tende a se intensificar com a aproximação dos jogos da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016.

A Marcha da Periferia desse ano acontecerá nos estados do Maranhão e São Paulo. Sendo que em São Luís a marcha está marcada para o dia 25/11. Para tanto, uma série de atividades preparatórias já estão acontecendo em vários bairros das cidades. Levando em consideração o papel que a ANEL cumpre no movimento estudantil no que tange o debate das opressões e as deliberações da V Assembleia Nacional, vimos através desta convidar a ANEL das regiões N/NE a participarem da Marcha, bem como solicitamos ampla divulgação nas suas redes de contato. Caso haja alguma movimentação pra São Luís, favor entrar em contato nos telefones que seguem ou pelo email: comiteproperiferia@hotmail.com

COMITÊ PRÓ-PERIFERIA SÃO LUÍS


Três prêmios Nobel e centenas de organizações exigem a retirada das tropas do Haiti

• Nesse dia 5 de outubro, data escolhida por diversas entidades para ser um dia de luta contra a ocupação militar do Haiti, centenas de organizações de quarenta países diferentes e três ganhadores do Premio Nobel da Paz divulgaram uma carta aberta à ONU em que exigem a imediata retirada das tropas do país caribenho. No Brasil, a CSP-Conlutas e o PSTU estão entre as entidades signatárias. No próximo dia 15 de outubro expira o mandato da Minustah, a ‘missão de Paz’ da ONU no Haiti.

Encabeçada pelo Nobel argentino Adolfo Pérez Esquivel, a carta é endereçada ao Secretário Geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, mas também ao dirigente da OEA, José Miguel Insulza e aos mandatários dos países que mantém tropas no Haiti. Os outros prêmios Nobel que estão à frente da mensagem são as britânicas Mariead Corrigan e Betty Williams.

A mensagem exige o fim imediato da ocupação militar e a sua substituição por um “plano de cooperação solidária”. Segundo a carta, “durante anos a intervenção de tropas estrangeiras, sejam dos Estados Unidos, França, outras forças ou agora a Minustah, não melhoraram a vida do povo haitiano. Ao contrário, sua presença atenta contra a soberania e dignidade desse povo e asseguram um processo de recolonização econômica dirigida, agora, por um virtual governo paralelo – a Comissão Interina de Reconstrução do Haiti – cujos planos respondem mais aos credores e empresários que aos direitos dos e para os haitianos” .

Escândalos e violações
A ocupação militar, que está desde 2004 no país, é cada vez mais fortemente combatida em todo o mundo, à medida em que uma série de abusos e violações contra a população haitiana pelas tropas vão se tornando públicos. O rechaço à presença das tropas cresceu ainda mais com a divulgação das imagens de um jovem haitiano sendo estuprado por 4 militares uruguaios na base da ONU de Port-Salut, sul do Haiti.



Apesar de esse caso ter ganhado repercussão internacional por conta das fortes imagens, a Minustah conta com longo histórico de abusos contra a população, desde o seu início. Denúncias que vão da contaminação por Cólera causada por uma base nepalesa da ONU, que custou milhares de vida, à assassinatos, estupros e humilhações.

Papel do Brasil
Documentos revelados recentemente pelo WikiLeaks comprovam a intermediação dos EUA para o Brasil assumir o comando da missão, bem antes da votação da ONU, ou mesmo da deposição do então presidente Jean Aristides. Ao se submeter a esse papel, o Brasil do então governo Lula aceitou ser uma peça para a estabilização da região, subordinada aos interesses dos EUA. Na prática, isso significa reprimir a população para garantir o pleno funcionamento das transnacionais no país, principalmente do setor têxtil.

Tal orientação vem sendo seguida pelo governo Dilma. Recentemente, o atual Ministro da Defesa, Celso Amorim, concedeu entrevista pouco antes de assumir o posto, em que defende a retirada das tropas. Mas até agora, o governo não anunciou qualquer intenção de se retirar do país caribenho.

A missão da ONU conta hoje com 7.803 militares de 19 países e 2.136 policiais de 41 países. O Brasil conta com 1280 soldados. 



Fonte: http://pstu.org.br/internacional_materia.asp?id=13485&ida=0