quarta-feira, 6 de março de 2013

8 de Março: dia Internacional da Mulher Trabalhadora


O Dia 8 de Março se aproxima, nós trabalhadoras (os) temos como dever preservar esta data como um marco histórico do calendário de lutas de nossa classe. Há várias versões sobre a origem desta data, uma delas e a mais comum é a alusão a 129 operárias que morreram queimadas em Nova York em 1857 por reivindicarem melhores condições de trabalho.

Outra é que as operárias têxteis na Rússia no 8 de março (23 de fevereiro no calendário russo) revoltadas com a I Guerra mundial,  quando tiveram seus filhos e maridos assassinados iniciaram uma greve, que transformou-se em greve geral e mais tarde consolidou-se na Revolução Russa de 1917.
Estes episódios controversos tem em comum a luta das mulheres por melhores condições de vida, e em 1910 na II Conferência de Mulheres Socialistas, organizada pela II Internacional, foi criado o dia Internacional de Lutas das Mulheres para denunciar as extensivas jornadas, bem com as condições de trabalho, baixos salários e falta de direitos trabalhistas.

Neste sentido, ao contrário do que a burguesia e sua propaganda midiática apregoa, esta data deve ser celebrada com atos, debates e manifestações, sobretudo para denunciar a todos os tipos de opressão e violência que as mulheres estão submetidas.
A opressão da mulher tem aumentado e a sua face mais brutal tem sido a violência, chegando no Brasil  a triste estatística de a cada 2 horas uma mulher é assassinada. As estatísticas tem se ampliado em outros casos de estupros, agressões físicas, ameaças de morte, assédio moral e sexual, demonstrando a ineficácia da Lei Maria da Penha em 7 anos de sua existência.

Outra situação de violência é a ameaça de retirada de direitos, através do Acordo Coletivo Especial- ACE, proposto pelo governo Dilma para regulamentação de negociação entre patrões e sindicatos, permitindo acordos rebaixados e retirada de poucos direitos que as trabalhadoras ainda tem como férias, 13º salário, horas extras remuneradas, etc..Estes situações atingem, sobretudo, as mulheres pobres e negras, vitimadas todos os dias pelo capitalismo, que não tem criado nenhum instrumento eficaz para protegê-las. 

Neste sentido proteger as mulheres contra o machismo e o capitalismo deve ser uma tarefa de nossa classe de todos os trabalhadores nos sindicatos, movimentos populares, movimento de mulheres e de combate às opressões, partidos da classe trabalhadora, etc.
Desta forma, nós que construímos a Central Sindical e Popular- CONLUTAS juntamente com o Movimento Mulheres em Luta convidamos a todas (os) a participarem da Semana da Mulher Trabalhadora com a seguinte programação:

06 de Março: Debate Chega de Violência contra a Mulheres pela aplicação e ampliação da Lei Maria da Penha
8 de Março: Ato público A Situação da Mulher Trabalhadora- concentração às 15h na Praça Deodoro
09 de Março: Feijoada da Mulher trabalhadora- a partir das 12 h na Sede Social dos Bancários